A Educação de Infância também quer ser 4.0!
Calma! Ninguém quer transformar uma Creche ou um Jardim de Infância num chão de fábrica cheio de automatismos, nada disso.
Mas a Educação de Infância e os seus protagonistas querem sim, e têm vindo – alguns de forma brilhante – a incorporar cada vez maiores níveis de tecnologia no seu dia-a-dia e na forma como desenvolvem a sua ação. A indústria 4.0 tem muito a ver com a rápida digitalização da produção. Mas vai mais além do que a própria tecnologia em si mesma – ela pode ser encarada como uma abordagem que procura resultados que não eram possíveis há meia dúzia de anos atrás, através da combinação de inovações com o uso de tecnologias digitais.
E este mindset é algo que não pode nem deve estar vedado a nenhum setor da sociedade e a nenhuma classe profissional. E a Educação de Infância tem feito um caminho exemplar na forma como tem adotado a digitalização e integrado a tecnologia no seu dia-a-dia, sem que isso de forma alguma belisque sequer aquela relação tão doce e ternurenta que têm com os seus meninos e que faz parte da memória de todos quantos passaram pelo colo de um(a) Educador(a).
É com enorme satisfação que tenho assistido no terreno a esta transformação e à cada vez maior adoção de plataformas digitais para a gestão do processo educativo da criança e do próprio projeto educativo da Instituição. São cada vez mais os que abandonaram os tradicionais dossiers cheios de papel e fotocópias e gerem todo o processo à distância de um clique. Processos individuais, programas de acolhimento, planos individuais, planificações de atividades e todos os registos do dia-a-dia passaram a caber dentro de um ecrã – de um computador, de um tablet ou de um smartphone.
E a Educação de Infância está ainda a conseguir algo que há anos vimos tentando enquanto sociedade: envolver os pais em todo este processo, fazer os pais presentes e dar-lhes a conhecer o que é feito com os seus filhos. Cada vez mais democratizado, o uso de APPs neste contexto trouxe os pais praticamente para dentro da sala sem que isso se traduza num “roubar” de tempo aos profissionais. Hoje, os pais acompanham as atividades quase em tempo real, sabem o que está planeado acontecer, veem as fotografias dos momentos mais marcantes, os vídeos dos momentos mais animados, mas também as avaliações, os planos, as informações mais relevantes e comunicam em tempo real com as Instituições.
E isto é a Educação de Infância a marcar o passo do futuro que queremos que aconteça em todo o lado. O nosso tempo é precioso e tem de ser dedicado ao que realmente acrescenta valor. E a tecnologia já não é o mau da fita. É o nosso grande aliado nessa conquista do TEMPO de qualidade que a infância tanto precisa e que não podia continuar a ser engolido por burocracias.
Patrícia Lima Fernandes | Social Economy Business Coordinator
F3M Information Systems, S.A.
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